O movimento feminista representa a luta pela igualdade de direitos entre mulheres e homens e, desde o seu surgimento na década de 1960, vem reunindo o coletivo feminino ao redor do mundo todo em discussões e manifestações que trazem reconhecimento ao que já foi conquistado e visibilidade a tudo aquilo que ainda não foi garantido.
No centro de todas essas movimentações da causa, existem três fundamentos que as mulheres são encorajadas a trabalhar ao nível pessoal e coletivo, visando fortalecer o bem-estar feminino, a sororidade e, consequentemente, a luta como um todo, combatendo patriarcado, a segregação sexual, os abusos, a dominação, a discriminação e a violência de gênero.
Para te deixar por dentro do assunto, nós do blog Tjama preparamos este post completo sobre os 3 pilares do feminismo, a importância de cada um deles e como colocá-los em prática na sua vida. Acompanhe a leitura e vem quebrar mais esse paradigma com a gente!
Quais são os 3 pilares do feminismo?
Os 3 pilares do feminismo são: Autoconhecimento, Autoconfiança e Autogestão — conceitos já bem conhecidos e discutidos no mundo todo. O movimento feminista reconhece que, unindo e trabalhando esses três elementos, a mulher consegue construir uma base mental fortalecida para se impor e reivindicar seus direitos.
Vamos entrar afundo em cada uma dessas ideias e entender como elas se conectam?
1. Autoconhecimento
O Autoconhecimento é essencial para todos os seres humanos e, como pilar do feminismo, ele tem papel fundamental para o empoderamento da mulher. Isso porque, ao embarcar na jornada da autodescoberta, é possível reconhecer e impor mais facilmente seus próprios limites, seja na vida pessoal ou profissional.
Tanto ao nível pessoal quanto coletivo, uma mulher que sabe bem o que gosta, e também o que não gosta, se sente mais confiante para aceitar que é merecedora de suas conquistas, modificar o que reconhece como ponto de melhorias, recusar gatilhos de autossabotagem e encorajar outras a fazerem o mesmo.
Outro ponto importante nesse pilar é que ele é a porta de entrada para a mulher descobrir suas vocações e inclinações profissionais que são fundamentais para o fortalecimento da figura feminina no mercado de trabalho — um ambiente que, como sabemos bem, ainda é dominado pelos homens, tanto na vantagem salarial quanto nos cargos de mais poder.
2. Autoconfiança
A Autoconfiança, segundo pilar do feminismo, é um resultado da jornada do Autoconhecimento e, ao contrário do que se acreditava por muito tempo, esse conceito não está nada relacionado a ter o ego inflado e ser “cheia de si”. Muito pelo contrário, a confiança em si vem da compreensão das próprias limitações, reconhecimento das habilidades e celebração das conquistas.
Aqui, o caminho para elevar a autoestima é olhar com carinho para a própria individualidade, tanto em personalidade quanto no físico. Até porque a mulher, infelizmente, ainda sofre — e muito — com pressões estéticas vindas da sociedade e dos relacionamentos, que a impedem de olhar para si mesma com acolhimento.
3. Autogestão
Lembra quando falamos no tópico de Autoconhecimento sobre o seu papel na descoberta das inclinações profissionais de cada mulher? Pois bem, o terceiro pilar do feminismo, chamado de Autogestão, trabalha a materialização dessas aspirações, além de focar na organização pessoal e gerenciamento da vida financeira.
O empoderamento que ocorre através dessa prática é gigantesco, principalmente quando consideramos que a liberdade de escolha e a movimentação da vida financeira feminina são conquistas muito recentes.
As mulheres ainda carregam muitos resquícios da dependência que, por muito tempo, tiveram dos companheiros, além de sofrerem com pressões e obstáculos, como questionamentos sobre saber conciliar maternidade com profissão, por exemplo.
Nesse cenário, a Autogestão ensina justamente a administrar todas essas “tarefas” e questões, pois ajuda a mulher a transformar o Autoconhecimento e Autoconfiança em munição para sanar as dúvidas internas e agir em direção daquilo que deseja conquistar.
Como pôr em prática os 3 pilares do feminismo?
Apesar de serem conceitos populares, os pilares do feminismo nem sempre são tão fáceis de serem colocados em prática, já que são processos muito pessoais e cada mulher tem suas limitações — internas e externas — para entender seu ritmo para se autoconhecer.
Para te ajudar um pouco nessa jornada, separamos algumas dicas práticas, acompanhe:
Procure um profissional para guiar sua jornada
Essa é provavelmente a forma mais assertiva de trabalhar os fundamentos feministas enquanto respeita a sua individualidade, permitindo que eles sejam internalizados de uma forma que faça sentido para a sua realidade.
O acompanhamento feito por psicólogos permite que você desbrave todas as camadas da sua individualidade, conheça os seus gatilhos mentais e olhe para você mesma de forma realista e sem julgamentos — um ponto importante para a autoaceitação acontecer.
Fortaleça a sua rede de apoio feminina
A rede de apoio é fundamental para o empoderamento feminino, pois é ela que fornece acolhimento, encorajamento e segurança para as mulheres levantarem umas às outras. Pode ser que sua rede de apoio seja aquela grande amiga que você tem há anos, ou que seja sua mãe e irmãs, ou até mesmo aquele grupo de amigas com quem você sempre se encontra.
Independentemente de qual seja a sua rede, é importante fortalecê-la para que você, assim como aquelas que compartilham esse elo, se sinta cada vez mais encorajada a buscar o autoconhecimento e a autoconfiança.
Tenha voz ativa no movimento feminista
Se você é daquelas que gosta de participar ativamente nas causas em que acredita, uma boa forma de praticar os pilares do feminismo é conhecendo mais sobre o assunto, lendo livros, participando de discussões e protestos feministas, conversando com sua rede de apoio e compreendendo as necessidades das mulheres a sua volta.
Outro jeito muito interessante de mergulhar afundo no movimento é conhecendo os tipos de feminismo — liberal, social, interseccional, radical e negro — e encontrando a vertente que mais faça sentido para sua realidade.
Esperamos que esse papo tenha sido tão construtivo para você quanto foi para nós e que, cada vez mais, você possa reconhecer a importância do seu papel na comunidade feminista.
Nos vemos em breve para quebrar mais paradigmas, até lá!