Já reparou como nesse mundo moderno e cada vez mais conectado que vivemos, parece que nunca temos tempo de fazer tudo o que queremos? A sensação é a de que estamos numa corrida eterna contra as 24 horas do dia, tentando fazer tudo se encaixar numa agenda apertadíssima — não é à toa que existem inúmeras matérias, podcasts e palestras por aí sobre como otimizar o dia!
Mas será que toda essa pressa é necessária, ou até mesmo saudável? O que aconteceria exatamente se decidíssemos desacelerar o ritmo da vida? Pois existe um movimento que propõe justamente essa desaceleração e mostra os diversos benefícios que ela traz ao corpo, à mente e ao meio ambiente: o Slow Living.
Esse conceito é relativamente recente e se você ainda não é familiarizado com ele, não se preocupe: preparamos esse post com todas as informações sobre o assunto, desde o que é, quais as vantagens que ele traz para a vida e como praticá-lo. Ficou curioso para saber mais? Então segue a leitura!
O que é e como surgiu o Slow Living?
O movimento Slow Living é uma proposta de desaceleração do estilo de vida — daí vem o nome, que se traduz para o português como “vida lenta”. Ele contrapõe o imediatismo que vemos cada vez mais presente em tudo o que fazemos e consumimos hoje em dia: trabalho, informações, alimentação e até mesmo relações.
E esse ativismo não surgiu do acaso: ele veio como uma expansão do Slow Food, um conceito que nasceu na Itália na década de 80 para lutar contra as comidas sem valor nutricional, feitas e vendidas pelas redes de fast food que estavam chegando ao país na época, para manter uma alimentação centralizada no que realmente nutre o corpo.
Hoje em dia, o conceito ainda traz essa mesma essência de nutrição, mas agora mostrando que uma vida com mais calma, consciência e respeito ao próprio ritmo é, sim, possível e super benéfica não só para o corpo, mas também para a saúde mental e até mesmo para o equilíbrio ambiental.
Para isso, ele propõe maior entendimento das reais necessidades que temos e nos ensina a priorizar práticas que atendam a essas necessidades, ao invés de tentar fazer um excesso de coisas ao mesmo tempo, sem saber o real propósito disso.
A problemática de viver uma vida acelerada
Quando pensamos que otimizar certos processos que fazemos no dia a dia pode facilitar a rotina e deixar mais tempo livre, a ideia de viver uma vida acelerada não parece tão ruim, certo? O problema é que isso teve o efeito contrário, já que estamos cada vez mais aproveitando essas brechas — que deveriam ser para descanso e lazer — para adicionar novos afazeres na rotina.
E é justamente esse comportamento que está nos deixando cada vez mais cansados, estressados e ansiosos. Quantas vezes, por exemplo, você não chegou ao final de um dia com a sensação de frustração por não conseguir terminar uma tarefa, mesmo tendo feito até mais do que se acreditava ser possível no período de 24 horas?
Só que esse pensamento, a longo prazo, é o que está adoecendo a sociedade inteira, pois gera uma pressão gigantesca de que temos que dar conta de tudo. Mas nós não precisamos e é aqui que o Slow Living entra, mostrando que dá para estender o prazo de algumas coisas e abrir brecha em nossa agenda para descansar, se divertir, respirar e viver.
Quais os benefícios do Slow Living?
Mais do que um movimento que protesta contra o ritmo que vivemos atualmente, o Slow Living é uma forma de autocuidado que traz diversos benefícios ao nível individual, coletivo e até ambiental. Aderindo ao movimento, você consegue:
- conhecer e respeitar seu próprio ritmo de vida;
- diminuir o nível de estresse e ansiedade, consequentemente aumentando o bem-estar mental;
- organizar a rotina priorizando os momentos de descanso;
- sair do modo automático e estar mais presente nas coisas que se propõe a fazer, experienciar e pensar;
- consumir alimentos, roupas e até informações com mais consciência;
- aproveitar melhor suas relações interpessoais;
- respeitar o tempo dos outros e da natureza;
- apreciar com mais calma o mundo à sua volta.
Como praticar o Slow Life? 4 dicas incríveis!
Praticar o Slow Life não é complicado, mas entendemos que num mundo tão acostumado com a correria é um pouco difícil tirar o pé do acelerador e acalmar o ritmo, não é mesmo? Por isso, preparamos 4 dicas para te ajudar a abraçar a calmaria sem ter aquela sensação de que algo está sendo deixado para trás, acompanhe:
1. Invista no autoconhecimento
Já que o Slow Living é um estilo de vida, nada melhor do que trabalhar o autoconhecimento para implementar ele na sua rotina de forma natural. Essa é uma jornada muito pessoal que acontece em um ritmo constante, pois diariamente temos a oportunidade de conhecer algo novo sobre nós mesmos.
E é justamente se conhecendo bem que você aprende mais sobre suas reais necessidades e vontades, permitindo que suas prioridades sejam construídas em cima do que realmente é útil e benéfico para você no momento em que você se encontra, seja na vida pessoal, profissional ou nos relacionamentos.
2. Valorize os momentos de ócio
Nessa onda de acelerar e otimizar tudo o que fazemos, os momentos de descanso acabaram se tornando muito banalizados. Mas o “não fazer nada” é também muito produtivo, pois nos damos o devido tempo para processar o bombardeio de informações que recebemos diariamente. E mais: a mente descansada é muito mais ativa, sendo capaz de trabalhar de forma criativa e livre.
3. Prefira o mundo real ao virtual
Quem nunca ficou ansioso ao ver a vida incrível e quase irreal que muitas pessoas postam por aí nas redes sociais? Infelizmente, a internet tem esse lado negativo de nos fazer sentir que estamos ficando para trás na vida, mas não precisa ser assim! Que tal dedicar um tempo da sua semana fora das telas e totalmente conectado com o que acontece ao vivo e em cores na sua frente?
Além de se livrar da ansiedade de não estar vivendo o mesmo que os outros — que, aliás, muitas vezes nem é o que queremos de verdade — essa pode ser uma ótima oportunidade de encontrar um hobby, tipo jardinagem, culinária, leitura ou qualquer outra coisa que te faz realmente bem.
4. Organize um cronograma possível
Lembra das prioridades que citamos agora pouco? Com elas em mãos, é muito mais fácil pegar aquela agenda lotada de tarefas em um único dia e reorganizar da melhor forma possível, colocando em ordem o que você realmente precisa fazer naquele momento e remanejando o que não é tão urgente.
Afinal, a ideia do movimento Slow Living é justamente essa: entender o que é, de fato, uma urgência e o que dá para ser deixado para amanhã. Adotar esse movimento é uma forma de se livrar da pressão de ter que dar conta de tudo e focar no que realmente importa.
Curtiu o conteúdo? Deixe seu comentário aqui para nós e aproveite para ler também nosso post sobre pressão estética, onde te ajudamos a quebrar mais um paradigma da sociedade para viver de forma mais livre e contente!