Preconceito com pessoas gordas. A gordofobia afeta inúmeras pessoas com corpos que não se enquadram num padrão magro. É um preconceito baseado na estética, com quem não se encaixa no que um dia foi entendido como bonito e saudável pela sociedade. Sem entrar em questões de mais ou menos gordas, todas as pessoas que não estão dentro desse padrão podem sofrer com gordofobia. Nesse artigo, vamos te guiar sobre o assunto, te ajudando a ser mais consciente sobre a gordofobia.
Como identificar uma atitude gordofóbica?
Muitas vezes disfarçadas de brincadeiras ou preocupações com a saúde, as atitudes gordofóbicas surgem como comentários, ações e olhares que oprimem e machucam as pessoas. Além do uso de termos muito comuns no dia a dia, que representam uma visão preconceituosa e estereotipada de forma negativa.
Comentários como ” Você deveria cuidar da sua saúde” ou indicações de frequentar academia e um médico são muito comuns em meios familiares ou até em grupo de amigos. Esse tipo de comentário pressupõe que corpos gordos não são saudáveis, ou que essas pessoas não praticam atividades físicas.
Termos e expressões zombando são exemplos claros de que a pessoa gorda sempre foi descriminada pela sociedade. Por isso, esses são alguns termos que não devem ser usados:
- Gordice;
- Olho gordo;
- Fofinho;
- Cheinho;
- Lindo de rosto;
- Mente de gordo;
- Ficou lindo depois que emagreceu;
- Corpo do verão;
- Peso ideal.
Deixar de usar esses termos e não opinar a respeito do formato do corpo de alguém ou peso é o primeiro passo para evitar atitudes gordofóbicas. Mas é preciso aprender que não há problemas em ser gordo.
O que atitudes gordofóbicas podem causar ?
Usar termos como esses que citamos já é algo negativo visto de qualquer perspectiva, mas analisando um pouco mais a fundo, vemos que algumas atitudes podem ser prejudiciais de diversas formas. Seja dentro de casa, nas escolas, nos ambientes de trabalho e até em locais públicos, todos esses locais já foram palco de agressões, verbais ou não, de gordofobia.
Crianças já sofrem com ações negativa, mesmo em suas casas — local onde deveriam ser amadas e protegidas —, com familiares que têm vergonha ou que “não admitem” ter uma criança gorda. Nesses cenários, a criança pode sofrer com brincadeiras, restrições alimentares ou, o mais comum, comentários dizendo que quando for adulto irá sofrer com o peso, reforçando a falácia de que ser gordo é algo ruim. As escolas também são cenários muito comuns, por isso, é importante que as crianças aprendam que não é desfavorável ser gordo, e que todos os corpos devem ser respeitados e amados.
Com os jovens, as consequências de sofrer esses preconceitos podem ser muito prejudiciais. Em diversas formas, podem marcar a vida dessa pessoa, abalando o psicológico, afetando a autoestima e causando traumas. Com isso, a vergonha pode ser algo que inibe de viver a sua vida da forma que desejaria. Afinal, quem nunca deixou de usar uma roupa ou nem cogitou sair de casa devido a não gostar do que vê no espelho?
Na idade adulta as sequelas podem tomar proporções ainda maiores, causando depressão e ansiedade. Nesse período, observamos que muitos locais têm uma estrutura gordofóbica, com assentos pequenos, cabines e espaços feito apenas para pessoas magras. Dificultando a locomoção e movimentação. Nesse cenário, quem tem um corpo gordo pode sofrer internamente, acreditando que o problema está em si mesmo, e não no ambiente e em sua estrutura — o que, claro, é um grande engano.
Gordofobia e pressão estética
A pressão estética imposta pela sociedade está presente em nosso dia a dia e pode afetar um número muito alto de pessoas, não apenas pessoas gordas. Isso acontece pois os padrões estabelecidos são inalcançáveis e, muito além disso, não são nada saudáveis, seja para o corpo ou para a mente. Impor que as pessoas precisam ser magras para serem saudáveis é algo ultrapassado, que não representa a verdade. Hoje sabemos que essas duas coisas não estão diretamente relacionadas, já que um corpo magro não é necessariamente um corpo saudável.
Mas a gordofobia não apenas discrimina o corpo diferente, como também o exclui ou dificulta o acesso em situações como assentos de transporte publico ou bancos de cinemas e teatros. Passagem em catracas, provadores e elevadores pequenos também são feitos em tamanhos que não aceitam pessoas gordas.
Quando falamos de moda então, por muitos anos foi muito difícil encontrar roupas maiores com estilo, ou de valor acessível. Hoje, felizmente, existem marcas focadas em corpos diversos, com coleções que possuem peças até o tamanho 5G para abranger diversas realidades!
Leia também: Roupa tem gênero? Entenda o que é moda genderless!
O que é o movimento Body positive?
É um movimento social que nasceu com o objetivo de apreciar e exaltar todos os tipos de corpos. Esse movimento é muito importante para que o corpo não-magro seja inserido e aceito em todas as áreas, seja qual for.
Perfis e Influencers que reforçam o movimento
Algumas pessoas vêm dando destaque a esse movimento e fazendo a diferença na vida de muitas pessoas, Quebrando paradigmas e mostrando que todo e qualquer corpo é lindo. Veja a lista:
@Movimentocorpolivre
Uma conta que vai mostrar e falar sobre esse movimento de forma clara e acessível. Indispensável para quem está aprendendo ou quer se inteirar sobre o assunto.
@ashleygraham
Uma modelo fora dos padrões que vem impondo a aceitação de forma significativa.
@pretagil
Amada em todo o Brasil, Preta fala abertamente sobre preconceitos e respeito com o próximo.
@thaiscarla
Como ela mesmo se denomina, militante gorda. Além de uma ótima dançarina, ela arrasa nos looks mostrando que corpo do verão é o corpo que ama verão!
@alexandrismos
Idealizadora do @movimentocorpolivre, a criadora de conteúdo ficou famosa com seus vídeos que falam abertamente sobre gordofobia e vários temas que envolvem esse assunto.
Esses são apenas alguns dos perfis que abordam essa pauta e que são importantes para aceitação e introdução de diversidade de corpos em muitas áreas da sociedade. Agora que você entendeu melhor o que é gordofobia, os males que ela pode causar e como ter uma atitude diferenciada, compartilhe com seus amigos esse post e seja um agente de mudança, quebrando preconceitos e paradigmas.
E continue acompanhando nosso blog, por aqui sempre compartilhamos assuntos e conteúdos sobre moda, lifestyle e quebra de paradigmas. Continue aprendendo com o artigo: O que é e como ser antirracista no seu dia a dia?
